domingo, 17 de outubro de 2010
A Procura do Amor
Das minhas expectativas creio que quase todas elas já se foram, algumas pois já se foi o tempo, outras porque já aconteceram, mas a única que sempre ficará, e graças a Deus a isso, e olha que nem digo isto, é a expectativa que sempre tive por expectativas. É a busca eterna por novos rumos, novas experiências e novos amigos. É natural que o ser humano busque coisas diferentes, mas hoje por incrível que pareça, não desejo a mudança nem uma nova expectativa, e sim o simples desejo da estagnação, os mesmos amigos, os mesmos lugares, e senão as mesmas trilhas sonoras. Queria os velhos lugares, velhas atividades, velhos companheiros, e de novo, Deus sabe as saudades que sinto disso. Não desejo o futuro, e sim o presente com meu passado. Este creio eu, que eu me lembre, é meu primeiro texto sem função evangelizadora, muito menos com o intuito de profetizar o sistema e suas artimanhas. Esse é um texto que quero falar do meu presente das coisas que eu aprendi com meu passado, e neste passado entra-se tudo. E o tudo de nada me envergonha, e agora agradeço a Einstein, que relativizo a minha vida e digo que nada foi em vão, houve sim momentos em que desejaria não existir, outros que desejaria viver mais intensamente do que vivi, mas por incrível coincidência tudo aquilo me levou a exatamente estar aqui agora sentado escrevendo como um louco, aficcionado por estas teclas, e meu passado se desdobrando em minha cabeça como se ele nunca tivesse feito tanto sentido em toda a minha vida. Meu viver em sua maioria sempre foi uma merda, uma vida simplória com seus altos e baixos, mas sempre com um objetivo bem claro, não vou ser a sujeira que vai parar nas curvas desse rio. Acho que bem, foi o que incrivelmente consegui, fugi de tudo e todos pra chegar até aqui, e bem, gosto de onde estou. Não vou contar como é a vida no campo da realização, aliás há muitos estágios da tal realização, mas vou deixar você mesmo descobrir isso. Enfim um texto sem propósito, e aqui estou meio que contanto minha biografia sem mesmo me referir a nada nem ninguém, mas continuo aqui lutando contra a vontade de parar e a falta de criatividade. Vou falar da minha cabeça agora, sou o que chegou onde queria e descobriu que apenas isso não me deixa feliz, é isso mesmo, mesmo quando realizado você pode sentir falta de se sentir realizado. Foi muito bom ter conseguido o que consegui e acho que exatamente por isso, não consigo encergar-me em outras coisas, ou como no começo do texto com a expectativa de novas expectativas. Resumindo, eu acho, vivo sem ter um objetivo definido, e como acabei de dizer a um melhor amigo meu, um homem só tem objetivos se tiver amando ou estiver sem amar, ou seja, no poço... Estou no limiar das duas opções, sem amor e sem amar... Procuro o amor... Se você ai, alguém ai do lado de lá da tela, se souber do amor, diz pra ele me mandar lembranças, uma carta, quem sabe um email, mas só pra eu saber que ele ainda está por ai, pra eu não perder as esperanças.
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